O mundo
corporativo de hoje busca por colaboradores inovadores. O profissional inovador
é o grande diferencial do mercado. É o perfil pós-Era da Informação, quando
quem detinha informação era a estrela do cenário. Entretanto, o que essas
empresas ainda estão por descobrir é que elas podem orientar seus colaboradores
a se tornarem inovadores de valor no mercado. Mas não se trata de procurar
gênios nos laboratórios ou no chão da fábrica. Trata-se de um processo de
treinamento e gestão para desenvolvimento de inovadores de valor na empresa,
totalmente baseado nos processos cerebrais de cada profissional. Graças às
novas descobertas da neurociência e à importância mercadológica da inovação,
surgiu a Neuroinovação, que é a maneira mais eficaz de estudar o processo de
inovação empresarial.
O motivo pelo
qual as empresas procuram por inovadores nasce daquilo que uma inovação permite
à empresa, o ganho por meio da geração de vantagens competitivas no mercado.
Isso acontece porque uma inovação se baseia na quebra do paradigma existente,
portanto, gerando uma ruptura com os padrões existentes.
Neste
contexto, alguns profissionais têm recebido destaque pela criação de produtos,
marcas e negócios excepcionalmente rentáveis, fazendo de suas empresas, as
empresas vencedoras no mercado, o que faz com que tais profissionais sejam
cobiçados como verdadeiras joias preciosas.
Existe uma
incapacidade sistemática que a maioria dos profissionais de mercado tem de
gerar valor por meio de inovações. Na literatura existem
basicamente três razões que impedem um profissional de se tornar um inovador de
valor:
•a forma como esse profissional
percebe as coisas ao seu redor,
•o controle do medo e
•a inteligência social.
Apesar de
transmitir uma imagem de gênio solitário, um inovador é fruto do equilíbrio
entre a percepção que ele tem do mundo, do controle do medo e de sua
inteligência social. Sem essa combinação, uma pessoa não pode ser considerada
um inovador de valor. Portando, não basta ficar enfurnado em um laboratório
criando “bugigangas” tecnológicas. É necessário controlar o medo de enfrentar o
público e fazer com que as novidades cheguem ao conhecimento das pessoas certas
para a realização da inovação no mercado.
Mais uma vez,
vale lembrar, trata-se de uma tarefa tortuosa. Porém, existe uma disciplina que
se candidata a ajudar profissionais das mais diversas áreas a se tornarem
inovadores de valor: a neuroinovação, que se propõe a estudar o processo
cerebral e desvendar os mistérios paralelos ao desenvolvimento de inovações.
Mais que isso, as técnicas da neuroinovação têm sido aplicadas com sucesso por
empresas de vários segmentos.
Não é necessário substituir a equipe. O processo de
interferência no ambiente de trabalho tira os colaboradores da zona de
conforto. Sem a segurança do cotidiano, as pessoas perdem referências e se
desarmam por não saberem como agir em um novo cenário desconhecido. Isso porque
ocorre a ativação da área do cérebro relacionada ao medo (amígdala). Agora, é
possível iniciar o processo de desenvolvimento de inovadores. Nessa etapa, o
profissional é submetido a estímulos que objetivam criar novas sinapses
(conexões cerebrais onde ocorre a comunicação entre neurônios) no cérebro –
isso faz com que a percepção e o controle do medo e até a inteligência social
sejam alteradas para melhor em termos de geração de inovações na empresa. É
possível monitorar, com ajuda de aparelhos de última geração para o estudo do
cérebro e do comportamento humano os pontos essenciais da interação entre o
profissional e esses estímulos que fazem com que a pessoa seja capaz de apurar
suas habilidades para a inovação empresarial.
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